O pastor Herbin Benavides, da Igreja Batista de Curitiba, tem
realizado um projeto diferente na capital paranaense, todos os domingos
pela manhã ele se reúne com moradores de ruas para compartilhar a
palavra de Deus e entregar alimentos.
“O propósito do trabalho é mostrar o amor de Deus, que Jesus se
importa com eles e pode operar milagres na vida de cada um desses
‘meninos’. Quero fazê-los se sentirem importantes e verem que podem
voltar a ser parte da sociedade. Eles não são lixo, são pessoas que
merecem respeito, atenção, amor e carinho.”
O trabalho do pastor virou notícia no jornal Gazeta do Povo que
revelou que entre os moradores de ruas há também prostitutas e
travestis. Das 120 pessoas que compõe o grupo, 80% são usuários de
drogas ou alcoolistas.
O pastor começou a trabalhar com moradores de rua em 2009 depois de
perceber o problema enquanto levava sua filha para a escola. Natural do
Chile, na época ele não sabia falar português fluentemente e se
comunicava com cerca de cinco moradores de rua através de abraços.
O grupo foi crescendo e desde 2011 Benavides passou a realizar uma
confraternização de Natal para mostrar o verdadeiro significado da data.
“Muitas pessoas ajudaram, contamos com voluntários que também abraçaram
a nossa causa e conseguimos fazer um churrasco para 50 pessoas, com
carne, pão e mais cem panetones para serem distribuídos entre eles.”
Todos os domingos pela manhã o religioso conta com 45 voluntários
para liderar um culto, meia hora antes da reunião, os moradores de rua
recebem um lanche, com leite e achocolatado, café, suco e dois
sanduíches.
Foi através dessas reuniões que algumas pessoas aceitaram receber
ajuda e estão internadas em clínicas para reabilitação, são histórias
como essas que fazem o pastor ter sonhos maiores como a aquisição de um
prédio para ser um centro de triagem onde os interessados em passar por
reabilitação possam ser selecionados.
“É um processo trabalhoso, porque precisamos prepará-los, fazer
exames médicos e realizar a libertação espiritual para que eles comecem a
reabilitação. Seria importante que empresários nos ajudassem a
viabilizar isso e ampliassem o nosso trabalho.”
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