Os missionários José Dilson Alves da Silva e Zeneide Moreira Novais
continuam detidos no Senegal. Eles foram presos em novembro sob
acusação de aliciar menores e aguardam a decisão final da justiça.
A prisão aconteceu depois que um pai foi até a polícia reclamar que
seu filho se recusou a recitar uma oração muçulmana e que estava
exibindo comportamento cristão. Os missionários realizam trabalho com as
crianças de rua oferecendo abrigo, comida e educação.
O projeto social Obadias, recebe apoio da Agência Presbiteriana de
Missões Transculturais (APMT), também recebe alunos de escolas
corânicas, onde estudantes islâmicos são forçados por seus professores a
mendigar nas ruas, como explica o site da Missão Portas Abertas.
O pai que acusou os missionários alegou que houve desrespeito ao Islã
e também disse que os brasileiros teriam sequestrado e cometido o crime
de tráfico de menores.
O caso chegou ao Brasil e comoveu o senador Magno Malta que conhece a
missionária Zeneide. Em companhia de outros parlamentares, Malta foi
até o Senegal tentar resolver o problema, mas não pode interferir.
A Missão Portas Abertas relata que os missionários estão em presídios
superlotados, dividindo as pequenas celas com 30 pessoas e só estão
autorizados a receber visitas rápidas de familiares ou amigos duas vezes
por semana.
“Um fator de forte preocupação, porém, é a saúde do pastor. Ele é
diabético, está fraco, com um dente quebrado e uma inflamação no
ouvido”, diz um comunicado no portal do ministério que pede oração não
só por José, mas também por Zeneide e por suas famílias.
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